Lya Luft
Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério
A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.
Extraído do livro "Perdas & Ganhos", Editora Record - Rio de Janeiro, 2003, pág. 12.
3 comentários:
Tenho uns três ou quatro livros de Lya, este inclusive: amo!
Beijos,
Lindo poema.
beijos
Oi amiga, tenho um post dela também no blog. Adoro a mente dela. Beijos amiga, até mais. Fica com Deus. Lu.
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