tua pele macia, teu gosto e teu cheiro falam de coisas que somente os lençóis testemunham. essa incomum maneira de me amar no calar envolve-me, despenteia-me, desmascara-me. penso num tempo improvável, o do passado inconstante, inconsistente. queria acreditar nas secretas canções, nas badaladas emoções à flor da pele, mas o azul não é azul, o branco não é branco, nunca foram, nunca serão em nossa imaginação. o branco é especial, ele me seduz, porque resplandecente, desdobra-se em perfume de paz, vou até o fim, seguindo-o. o som do silêncio é diferente do silêncio do som, eu escuto as águas rolarem por cima das pedras que estão límpidas de sentimentos. na confusão deste momento, viajo pelos teus braços, toco-te a alma, renovo sentidos. esperanças são confissões passadas adiante, aludem à poesia de um segundo momento. de repente, tua presença não é mais notável, alegremente desnotável, notavelmente esquecida. foi um azul que se misturou ao imenso céu da saudade, nodoado pelo branco das nuvens que em mim habita.
Tânia Marques 27/11/2009
Fonte da imagem: xinefed.blogspot.com/
4 comentários:
Interessante o seu textos.Un cordial saudação ...
Resumo textos e reflexão.
Por aqui te lendo muitas vezes, hoje é pra dizer da poesia, que tenha vida longa a Poesia, e que mais que um dia, todos os dias sejam dias de poesia!
Beijos,
Tudo muda...se transforma.
Lindo texto
beijos
Ângela, ainda bem que temos sempre novos devires. Beijos
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