terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Artistar


Com o pincel, o pintor
Com a caneta, o poeta
Com o corpo, o ator
Com os pés, a bailarina
Com a máquina, o fotógrafo
Com o barro, o escultor
Com a voz, o cantor
Com o violão, o músico
Com a câmera, o cineasta
Com a inspiração, todos eles
Com a vida, o brasileiro.

Tânia Marques 14/01/2010


Fonte da imagem:
justdancedobeto.blogspot.com/2008/03/louvor-d...
Grupo de Dança Odara

Metamorfose

Na medida em que se vive mais tempo
Aprende-se a desterritorializar-se
Sobrevoando
Situações antes inimagináveis
E a vida ganha outros contornos
E os seus entornos nos levam
A infinitos esconderijos
Descobre-se que as pontes
Nem sempre são de concreto
Que os corações
nem sempre são pós-modernos
Que a arte
Nem sempre é uma válvula de escape
Que a morte
Nem sempre precisa de um corpo

Eu solto o meu desejo
Na expressão de ser eu mesma
uma incógnita em metamorfose
À descoberta de sentimentos
A serem ou não ressignificados
Eu brinco com meus gestos
Eu solto os meus cabelos ao léu
Eu danço com a minha face
Eu procuro os teus olhos
com as minhas mãos
E ganho os teus lábios
Cheios de paixão!

Tânia Marques 
11 de junho de 2010
Fonte da imagem: conjectura.wordpress.com/2009/03/

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Beijo-te...

Falo de beijo, sentindo o teu gosto 
Minha boca colada na tua 
Sinto-me nua 
Gosto do gosto do teu beijo 
Devoro a tua língua 
Viajo dentro do teu ser 
Somos um 
Não, somos dois num 
Num só desejo 
Num só momento 
Num só corpo 
Beijo que libera doces fantasias 
Arrebata meus sentidos 
Beijo que me faz ganhar emoção 
Beijo que faz desaparecer 
A noção do tempo que o relógio marca 
Beijo,  linguagem eterna do silêncio que fala 
Transcende as razões pela química do encontro 
Beijo-te com o impulso fascinante de uma aventura 
Beijo-te para selar aquilo que despertaste em mim 
Beijo-te com toda a cumplicidade  
Beijo-te para colar-me em teus braços 
Beijo-te para sonhar acordada 
Beijo-te para descobrir a incógnita de teu ser 
Beijo-te, beijo-te, beijo-te...


Tânia Marques 11/07/09
Fonte da figura: http://images.google.com.br

...à primeira escrita

Ensina-me a chorar, a tresloucar,
O teu beijo é um doce cantar
O teu gemido me impele a ousar
Quero a paz narrar deste momento
Nossas vidas em movimento
Instrumentos de nossos próprios sentimentos
Minhas lágrimas escorrem por dentro
Inundando a minha alma de paixão
Devir emoção
Tomando conta do meu coração
Sonhar
Simplesmente navegar
Nos braços da ilusão
Sob o olhar forte da lua
E a permissão imediata das estrelas.

Tânia Marques 20 de fevereiro de 2011
 Fonte da imagem: frasesespiritas.blogspot.com

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

POESIA: PAIXÃO, DEVIRES E DESENCONTROS...

ENTRE A LUA E O LUAR
Jorge Bichuetti

A Lua encanta
minha vida;
a lua do céu,
a todos...
Uma é a amizade;
a outra, a magia
e a poesia da noite
das paixões clandestinas
e dos amores sonhados
entre a flor do desejo
e os delírios
que moram e brilham
nos encantos do luar.

 UTOPIA AMOROSA
 Jorge Bichuetti

Pés se acariciando no amanhecer...
Uma flor num dia qualquer...
E um jeitinho carinhoso de dizer não... 

 VATICÍNIOS FATAIS 
Jorge Bichuetti

Robôs humanos vomitando teorias...
Tendões de aço, músculos de academia,
uma elegância cronometrada
e uma total ausência de ternura....

Um batom vermelho muda a vida,
porém, uma estrela cadente trai o destino;
todo amor é passível de ser encantado,
nenhum amor salva uma escolha errada...

Assim, sendo entre a estampa e o brilho
há uma distância, totalmente, similar
à distância entre uma estrela cintilante
e uma figurante bolha de sabão...

  FALÊNCIA
 Jorge Bichuetti

Um livro encanta
se lendo-o, desejamos
outro...

Um amor é falência,
se vivido, assassina
o desejo de amar...
  DESENCONTRO
 Jorge Bichuetti

Silencioso adeus.
Nada. Nenhuma palavra...
Gastamos o dicionário,
rasgamos belas filosofias,
e queimamos as poesias,
num dia-a-dia banal...

Amor. Nasce, cresce... e morre.
Morte lenta e anê
mica...
Esquecemos a fogueira,
economizamos carícias,
desnudamos nossos disfarses:
era de valsa nosso carnaval.

Assim, chegamos ao fim...
Sem lágrimas de despedida,
sem a saudade da partida,
sem desejar o último beijo...
Assim, cada um num canto
vazio, sem nada para recordar...

DEVIR ANIMAL E PAIXÃO 
Jorge Bichuetti

Dois corpos. Sintonia visceral.
A pele, um abismo;
puro absinto,
doçura salgada,
toda desenhada
pelas mãos bailarinas
que com voraz ternura
despertam o animal...

Dois corações pulsantes
na selvagem bricolagem
dos fluxos sensuais...
Ali, os beijos embaralham
paixão
carinho
desejo,
um felino encontro
de grunhidos musicais...

Um devir animal,
uma pureza carnal,
pleonasmo do amor,
parindo vida bela
entre o pássaro e a flor...

Originalmente publicado no blog do autor Jorge Bichuetti - Utopia Ativa

Jorge Bichuetti. Médico, Psicoterapeuta. Analista Institucional e esquizoanalista. Diretor Clínico da Fundação Gregório F. Baremblitti/ Uberaba. Professor do Instituto Félix Guatarri/ BH. Autor de Lembranças da Loucura, Crisevida e Estrelas Cadentes. Poeta, militante, sonhador... ... Entre amigos, madrigais e a Lua é um nômade caçando o seu devir passarinho.

Meu agradecimento e ternura a você por ter contribuído de forma tão brilhante com o  prazer estético e enriquecimento cultural do meu blog e dos meus leitores. Beijos. Tânia Marques

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Reciclar

Assista a vários vídeos ensinando a reciclar roupas em jeans, transformando-as em outras peças estilosas a serem reutilizadas.

Bolsa confeccionada de calça jeans velha





Chinelos confeccionados a partir de calça jeans usada





Tapete reciclado de calça jeans usada



sábado, 5 de fevereiro de 2011

Deficiências- Mário Quintana


Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

Louco  é quem não procura ser feliz com o que possui.

Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio,de fome, de miséria. E só têm olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

Diabético é quem não consegue ser doce.

Anão é quem não sabe deixar o amor crescer. 

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.

A amizade é um amor que nunca morre.


Mário Quintana

Fonte:  
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