O que responderiam hoje, os espíritas, se perguntados pelas razões que levaram Mônica a orar, por anos, pela conversão de seu filho amado, Agostinho? Certamente que se esta pergunta fosse proferida em uma oficina de trabalho realizada dentro do Movimento Espírita, uma mão mais afoita se levantaria para, depressa, responder: “O AMOR”. Sim! Sem dúvidas, concordaríamos: o amor. Trazemos as respostas na ponta da língua, estagiários do aprendizado teórico na atual escala da evolução coercitiva. Quando, porém, chamados ao pleno exercício do conhecimento na escola da vida, na exigência constante na interação social, nos grupos ou casas que fomos levados pela ação da própria lei, a resposta, que ontem foi imediata, hoje poderá mostrar-se lenta, e às vezes tarda em sua execução. E isso poderá ocorrer por possível erro de interpretação das lições e dos princípios básicos da Doutrina dos Espíritos. O Espírito Eros, por Divaldo Pereira Franco, no opúsculo: “Em algum lugar no futuro”, disserta sobre a vida de um homem que se considerava “Mestre” – um enviado - verdadeiro missionário das esferas superiores – pronto para iluminar os pensamentos do plano terrestre. Em um dos capítulos, sobre o “Conhecimento Sem Amor”, relata a seguinte estória: “O mestre, recolhido em meditação, assemelhava-se a uma flor de lótus em pleno desabrochar. Ensinando, o canto da sua voz evocava o ciclo da brisa nas folhagens umedecidas pelo sereno da noite. Os discípulos, à sua volta, enterneciam-se, aprendendo a conquistar o caminho da elevação”. Segue o Espírito Eros, apresentando o dedicado homem que, não desprezando oportunidade alguma para ensinar, propôs uma caminhada pelos arredores da cidade para demonstrar aos aprendizes, ao vivo, “A Lei de Justiça” trabalhando vidas rebeldes. No caminho, depararam-se com várias realidades. Encontrando um irmão desprovido da luz em seus olhos, ensinou: “Aquele cego recupera, na sombra, o mau uso da visão em outra vida”. Adiante, “este paralítico educa as pernas que o levaram ao crime noutra existência. Este imbecil recompõe a mente que explorou e vilipendiou em jornada pretérita. Os esfaimados, que se entredevoram, nos montes de lixo, ali, buscando detritos para se alimentarem, disciplinam os estômagos viciados pelos excessos”...enfim. Ante o quadro comovedor, um jovem discípulo, sensibilizado pelo amor que lhe brotava na alma sonhadora, interrogou: - “Não poderíamos fazer algo em favor desses infelizes que, afinal, são nossos irmãos?” A resposta, por lógica, a teríamos prontamente, à luz do evangelho de Jesus. Mas não foi a que pensamos. Foi outra, como veremos: - “De forma alguma – bradou o homem que sabia. – Eles resgatam e devem sofrer o mal que fizeram. Ajudá-los, seria prejudicar o cumprimento das leis...Deixemo-los e cuidemos de evoluir, em nossa meditação e abandono do mundo...” Diz-nos o Espírito Eros: “O séquito prosseguiu, e o tempo venceu o ciclo das horas. O mestre morreu, e um dia, não obstante houvesse conhecido a técnica da reencarnação, volveu ao proscênio terrestre, sob dificuldades morais e mentais muito severas, como decorrente do egoísmo que minava as fibras da alma e da indiferença pela dor do próximo, que lhe enregelava o sentimento”. É constante no meio espírita sentirmos por vibrações, entre palavras, pensamentos neste mesmo sentido: “Que se cumpra a lei – seu estado atual é este! É por sua própria culpa! Deixemo-lo à própria sorte! O sofrimento faz parte de seu aprendizado! Terá que beber no cálice da vida o sabor do suco amargo de atos de seu passado menos feliz” – é o libelo - é a sentença. Com Mateus, Cap. 9:13, porém, não foram estas as palavras de Jesus, mas outras: “Ide, porém, e aprendei o que significa: misericórdia quero e não sacrifício...”
Dedico esta música, com todo amor do meu coração, ao povo japonês de quem tanto gosto, em sinal de solidariedade e fraternidade. Que Deus os ajude a superar tanta desgraça.
Originalmente o nome da Dança do Ventre é Racks el Sharqi, cujo significado do árabe é Dança do Leste. Posteriormente este nome foi traduzido pelos franceses como Danse du Ventre e pelos norte-americanos como Belly Dance. Chegou ao Brasil, portanto, como Dança do Ventre, ou Dança Oriental Árabe ou ainda Dança do Leste que seria a forma mais correta de chamá-la, de acordo com a tradução do árabe para o português. Segundo SHAHRAZAD, a pioneira da Dança do Ventre no Brasil, Dança do Leste foi o nome dado a esta dança porque “significa onde o sol nasce, de onde a mulher recebe as energias e o poder do Sol”.
Origem
A Dança do Ventre é uma dança de origem oriental, cujo surgimento exato em termos de localização histórica e geográfica nos é desconhecida. Ou seja, não se sabe ao certo onde e nem quando a Dança do Ventre se originou. A literatura histórica sobre este assunto é escassa e duvidosa, e os poucos autores que se arriscaram a escrever sobre isso concordam. Há poucos documentos e registros que atestam o passado histórico da Dança do Ventre. Devido à dificuldade de encontrar informações confiáveis, surgem diversas interpretações, teorias e hipóteses. A mais aceita delas diz que a Dança do Ventre surgiu no Antigo Egito, em rituais, cultos religiosos, onde as mulheres dançavam em reverência a deusas. Com movimentos ondulatórios e batidos de quadril, as mulheres reverenciavam a fertilidade, celebravam a vida. Ou seja, tratava-se de uma dança ritualística, em caráter religioso, sem apresentações em público. Essas mulheres reverenciavam as deusas que acreditavam ser as responsáveis pela vida da terra, pela vida gerada no ventre da mulher, e pelos ciclos da natureza. Há quem diga que ao dançarem as mulheres também se preparavam para ser mães, já que a movimentação da Dança do Ventre ajudava a fortalecer a região pélvica, facilitando o parto. Dizem que quando os árabes invadiram o Egito, eles se apropriaram da Dança do Ventre e a disseminaram para o resto do mundo.
Características Antigas e Atuais
Esse caráter religioso da Dança do Ventre, a qual era realizada em rituais sagrados em homenagens a deusas, modificou-se. Raramente a Dança do Ventre hoje é praticada como um ritual religioso, mesmo que muitos ainda a vejam como uma prática sagrada. A característica mais evidente hoje da Dança do Ventre é cultural, artística e profissional. Cultural porque ela faz parte da tradição, do patrimônio cultural de muitos países, principalmente árabes, nos quais a dança é transmitida de uma geração a outra. Neste sentido, poderíamos dizer que a Dança do Ventre tem o mesmo significado para os países árabes que o tango tem para a Argentina, o flamenco para a Espanha e o samba para o Brasil. São danças que compõem o patrimônio cultural de cada país. A característica artística e profissional da Dança do Ventre se manifesta nas pessoas que a estudam, treinam, ensinam, se apresentam. Ou seja, quando a Dança do Ventre se transforma na profissão de muitas pessoas. Isso acontece atualmente tanto nos paises árabes quanto nos paises ocidentais, onde há bailarinas e professoras de Dança do Ventre. No passado histórico supõe-se que a Dança do Ventre tivesse caráter informal de aprendizagem. Ou seja, não havia escolas que ensinavam a dançar, fato que é muito diferente do que ocorre hoje. Tampouco havia preocupações quanto à sua técnica, quanto à sua forma de realização. Era basicamente uma dança de caráter sagrado praticada somente por mulheres, nas quais umas aprendiam com as outras informalmente, não necessitando de aulas para tal. Muitos anos após seu provável surgimento, a Dança do Ventre passou por muitas e diversas influências culturais de diferentes épocas e países, e sofreu as alterações de países ocidentais onde ela chegou. Por exemplo, podemos dizer que as suas características de aprendizagem e de realização modificaram-se bastante. Atualmente, principalmente no ocidente quando uma mulher quer aprender a Dança do Ventre, ela geralmente faz aulas, estuda, ensaia, treina. O que mostra sua característica de dança artística.
Improvisada ou coreografada?
Provavelmente em sua origem a Dança do Ventre não era coreografada. Ela era uma dança improvisada, que surgia de acordo com os sentimentos, criatividade e reverência no momento de sua execução. Hoje, como sabemos, ao assistir ou elaborar uma apresentação, ela pode ser coreografada ou improvisada. Isso depende da escolha da bailarina, da adequação ao local ou tipo de evento da apresentação.
A Dança do Ventre no Mundo Hoje
A partir do final do século XX, tem-se observado um crescente interesse do Ocidente pela Dança do Ventre, ou seja, em paises americanos como o Brasil e EUA, e em paises europeus como a Espanha, Portugal e França, entre outros. Este interesse se deve talvez ao fato de a Dança do Ventre ser muito diferente das danças praticadas no Ocidente, exigindo uma movimentação e uma estética diferentes das outras danças, assim como as características musicais. De acordo com a bailarina e professora HAYAT EL HELWA “A dança foi vista na Europa pela primeira vez na Mostra Mundial de Paris em 1889, onde foram trazidos diversos artistas de rua, algerianos, para se apresentarem na mostra”. Nos países árabes atualmente as apresentações de Dança do Ventre ocorrem em diversos lugares como casas de shows, teatros e nihgt clubs (que geralmente ficam em hotéis cinco estrelas). Inclusive, muitas bailarinas brasileiras quando vão trabalhar nos países árabes, como o Egito, nos hotéis cinco estrelas é que elas se apresentam. Sobre as apresentações, ainda é importante dizer que elas ocorrem geralmente no palco destes lugares, e quase sempre com uma banda composta de muitos músicos. Geralmente cada bailarina tem sua própria banda para acompanhá-la.
tua pele macia, teu gosto e teu cheiro falam de coisas que somente os lençóis testemunham. essa incomum maneira de me amar no calar envolve-me, despenteia-me, desmascara-me. penso num tempo improvável, o do passado inconstante, inconsistente. queria acreditar nas secretas canções, nas badaladas emoções à flor da pele, mas o azul não é azul, o branco não é branco, nunca foram, nunca serão em nossa imaginação. o branco é especial, ele me seduz, porque resplandecente, desdobra-se em perfume de paz, vou até o fim, seguindo-o. o som do silêncio é diferente do silêncio do som, eu escuto as águas rolarem por cima das pedras que estão límpidas de sentimentos. na confusão deste momento, viajo pelos teus braços, toco-te a alma, renovo sentidos. esperanças são confissões passadas adiante, aludem à poesia de um segundo momento. de repente, tua presença não é mais notável, alegremente desnotável, notavelmente esquecida. foi um azul que se misturou ao imenso céu da saudade, nodoado pelo branco das nuvens que em mim habita.
No dia a dia, ouvimos com frequência muitos dizerem: não gosto de política... não suporto nem mesmo o cheiro... E a política como é vivida pelos políticos profissionais nos levam a identificá-la com inegável fonte de podridão e corrupção. No entanto, tudo é política; pois, tudo o que fazemos ou deixamos de fazer repercute no coletivo, na vida social e nos caminhos da humanidade.
A política é a ação que visa à pessoa e afeta o bem comum...
O Estado é o ordenamento político de manutenção e reprodução das relações instituídas de dominação e subordinação. Mantém a ordem, evita e rebeldia e a insurgência e anula as possibilidades do novo e da mudança.
... Porém, a vida não é linear, envolve contradições e lutas; e, assim, muitas vezes, o Estado se vê, ativo ou reativamente, obrigado a assumir políticas que atendem as necessidades e os direitos dos excluídos e oprimidos.
Daí, urge que saibamos fazer valer nossos direitos... Política é o campo da luta pelos direitos, por uma nova vida e um outro mundo possível.
Nossa desilusão nasce, em muito, dos partidos que se apossam do Estado e se perpetuam na defesa de privilégios próprios, esquecidos dos ideais e sonhos. Uma ação por direitos não pode se restringir às meras ilusões dos políticos e partidos... Militar é agir: dizia Guattari...
Hoje, se tem claro que política do povo não pode ser somente denúncia e reivindicação; necessita ser insurgência, construção, ocupação e efetivação concreta da utopia. Não uma ação pela utopia que se dará num longínquo amanhã... Todavia, sim, uma produção de ações moleculares que tornem realidade a vida sonhada e de direito, já...
Cabe aqui a ideia de Michel Foucault de Dispositivo, a de Bauleo de Contrainstituição e a de João Machado e Singer de Impantes socialistas...
Deleuze falava da imanência do molar e do molecular... assim, a potência insurgente das pequenas revoluções moleculares germina e torna vulnerável as próprias entidades molares.
Davi contra Golias... Mais: a vida devindo-se davis... e vida negando-se aos desmandos de Golias.
É possível sonhar, é possível mudar...
O que jaz desvitalizado é a ideia de um partido e um programa que nos conuziriam à terra prometida.
Hoje, a melhor tradução é da dada por Hebe de Bonafini: revolução se faz, fazendo-a; revolução se faz, partilhando; e revolução se faz, dando-se...
Mudemos nosso jeito de viver...
Criemos coletivos solidários e libertários...
Sejamos insurgentes...
E caminhemos construindo uma ética e uma estética onde a vida de fato possa devir-se inclusão, solidariedade e ternura, direitos humanos e direitos à diferença, igualdade, generosidade, poesia, arte, alegria e amor... Então, nos nossos corpos e nossos caminhos a liberdade florescerá e edificaremos um novo tempo. Nela, a paz e a vida plenificada nos colocará num plano da política que será , tão-somente, o viver e o conviver na harmonia efetiva do bem comum...
Assisti a esse filme no final de 2007. Vale a pena conferir!
O último "F" é o do simulacro!
(DV/Beta digital, 100 min, cor, 2007)
(janela 1.77, som digital Dolby)
Sissi, uma jovem com o pai viúvo e desempregado, luta para sustentar a família e sonha em dividir um apartamento com o namorado jogador de futebol. Martina, de situação financeira mais estável, luta para voltar a ser desejada pelo marido publicitário, ou pelo primeiro que aparecer. Giane já mudou de vida, e pode influenciar o futuro de Sissi. De acordo com o Professor Valadares, essas três mulheres estão apenas tentando saciar seus apetites mais básicos: a Fome, o Sexo e o Fasma.
Música: Laura L e Músicas Intermináveis para Viagem
Direção de Produção: Diego Sardão, Glauco Firpo e Pedro Guindani
Montagem: Giba Assis Brasil
Uma Produção da Casa de Cinema PoA
Co-produção: Vortex
Regra Três
Low Filmes
Kiko Ferraz Studios
e Maria Cultura
Elenco Principal:
Cristina Kessler (Sissi)
Carla Cassapo (Martina)
Leonardo Machado (Rogério)
Felipe de Paula (Betinho)
Paulo Rodriguez (William)
Ana Maria Mainieri (Giane)
CRÉDITOS COMPLETOS
Prêmios:
- Melhor filme no 2º Festival de Cinema da Floresta, Mato Grosso, 2008
Críticas
"Carlos Gerbase está fazendo história. Esteticamente, ele também dá um salto de qualidade. (...) Sua trama mistura vários personagens em histórias de sexo e comida que se passam em Porto Alegre. Comer, beber, viver. (...) O barato é que 3 EFES, rodado em 20 dias com uma mini-DV, faz dessa simplicidade a sua arma para tentar ganhar o público. (...) Nada contra a ambição (autoral, intelectual, profissional). Mas, no caso dos longas da Casa de Cinema, quanto mais simples tem sido melhor."
(Luiz Carlos Merten, O ESTADO DE SÃO PAULO, 07/12/2007)
"Com uma abertura que lembra o curta-metragem ILHA DAS FLORES (1989), de Jorge Furtado, 3 EFES narra histórias paralelas que convergem para explicar a tese de um personagem fictício sobre os 'grandes apetites da humanidade': fome, sexo e fasma (representação da relidade). (...) O tom de farsa, no entanto, funciona como espécie de antídoto para as fragilidades da história. Mais significativo que o próprio filme é o caminho alternativo para o qual aponta com o seu lançamento."
(Sérgio Rizzo, FOLHA DE SÃO PAULO, 07/12/2007)
"A experiência é única, as chances de assisti-la são muitas. Hoje, o cineasta porto-alegrense Carlos Gerbase apresenta ao público 3 EFES, seu quinto longa-metragem, de uma forma inovadora no Brasil e, pelo que se sabe, no mundo. E esse público é quem escolhe como e onde assistir, e até se paga ou não pelo programa. (...) O longa realça uma marca autoral que Gerbase traz desde seus tempos de super-8: personagens que se enredam em dramas e situações inusitadas para saciar desejos e fantasias sexuais. Em 3 EFES, o diretor acrescenta ao enredo de uma comédia dramática outras duas necessidades básicas do ser humano: fome e fasma (palavra grega para simulacro) - o filme justifica a origem dessa peculiar teoria."
(Marcelo Perrone, ZERO HORA, Porto Alegre, 07/12/2007)
"A história é bem contemporânea e retrata o cotidiano de personagens urbanos e suas dificuldades. (...) Mundo urbano, cruel e competitivo, com vidas bailando em torno de sexo e do dinheiro como costuma ser nas grandes cidades. Uma história interessante, divertida, com personagens bem desenhados, e com os quais o público jovem talvez possa se identificar."
(Luis Zanin, Blog, ESTADÃO, São Paulo, 07/12/2007)
"Tudo vai caminhando num ritmo interessante, com muitas citações aos gaúchos, como o Parque da Redenção e o Estádio Olímpico, o que ao mesmo tempo incrementa a produção mas também a regionaliza. (...) Depois de uma certa tensão entre os personagens, vêm toques de humor que encerram os dilemas colocados na tela de uma maneira quase surreal. Júlio Andrade, por exemplo, numa pequena ponta como policial, tem 2 ou 3 falas, mas diz a que veio. Ana Maria Mainieri, de HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES e TOLERÂNCIA, se sobressai."
(Renato Martins, blog, 07/12/2007)
"O começo de 3 EFES até parece saído da cabeça de Jorge Furtado. Um professor universitário inventa uma teoria: a maior necessidade dos seres humanos, basicamente, se resume em 3 palavras que começam com a letra F: fome, sexo e fasma. (...) Para esmiuçar essa teoria, o filme se vale de um grupo de personagens, que estão sempre relacionando os 3 efes. (... ) O F final relaciona todos os personagens numa rede de encontros e desencontros até chegar numa cena climática. É interessante ver a forma como Gerbase articula diversos personagens sempre em busca de satisfazer seu apetite (de comida e sexo), e os problemas que isso traz para as suas vidas."
(Alysson Oliveira, CINELOG, 07/12/2007)
"Gerbase aborda temas sérios, delicados. Mas dá a eles um tratamento leve, despretensioso, amoral - incluindo aí as discussões que faz acerca da prostituição e da traição no casamento. (...) A energia juvenil que brota de 3 EFES lembra a de HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES. Ela só existe devido a esse tratamento descontraído de assuntos espinhosos - similar á visão adolescente desses assuntos. Ela é o encanto do filme."
(Daniel Feix, ZERO HORA, Porto Alegre, 13/12/2007)
"O começo lembra até o curta ILHA DAS FLORES, mas depois segue em ritmo 'normal' para contar pequenas histórias rodeadas por três elementos centrais: fome, sexo e signo (aqui, algo como representação do real). (...) Narrativas simples, infelizmente pouco levadas às telonas, sobre pequenos dramas reais. 3 EFES e a Casa de Cinema de Porto Alegre inovam na contramão de boa parte da produção do eixo Rio-São Paulo."
(Catarina Scortecci, FOLHA DE LONDRINA, 13/12/2007)
"Ao falar das necessidades básicas do ser humano, a partir de uma tese de Aníbal Damasceno Ferreira, que aparece na tela como o Professor Valadares, o cineasta olha para um processo que tende a deformá-las, transformando-as em alvos difíceis de serem alcançados. Para alcançar o equilíbrio, muito terá de ser abandonado para evitar a queda. O preço a ser pago é revelador. E, ao optar pela leveza e o humor, o realizador conclui seu filme com um achado que tudo resume e permite que a narrativa se conclua de forma tão apropriada quanto divertida."
(Hélio Nascimento, JORNAL DO COMÉRCIO, Porto Alegre, 14/12/2007)
O artista se alimenta de imagens e de afetos para materializar suas idéias na sua obra. Ele parte do que é efetuado para, através da experimentação, criar algo capaz de engendrar novas imagens e sensações naquele que frui uma obra sua. Desse modo, a arte serve às mais elevadas necessidades da vida humana. Não há nada para ser interpretado, nada para ser julgado, pois, afinal, a natureza é inocente demais para ser julgada. A obra de arte é para ser sentida, experimentada, para provocar os indivíduos a sentirem de outro modo, para conhecerem novas imagens, para agirem de acordo com suas tendências, interrompendo temporariamente a ordem parasitária dos seus corpos – assim eles são coagidos, através da arte, a considerar presentes estranhas sensações que mudam a vida deles para sempre. Certamente, não cabe nenhum discurso inflamado, mas outra coisa que acontece de modo subterrâneo: revolução. A arte sempre foi revolucionária – e sempre será, por isso ela é tão indesejada pelos horrorosos homens de poder. Ela liberta pensamentos, atrai os indivíduos para uma face da realidade que é ignorada enquanto estão habituados a julgar a vida a partir das imagens e afetos que têm consciência. Mas ao contrário de quem julga, o artista faz das imagens e dos afetos os seus alimentos para que suas obras possam permitir que o homem comum conheça essa face da realidade que é anterior à imagens, isto é, a face da produção ininterrupta das coisas que temos consciência. O encontro com a obra de arte ativa forças desconhecidas no homem e por isso ela é sempre necessária em cada dia que vivemos.
Texto publicado no blog Utopia e Vida, em 10 de março de 2011
Poesia é arte, arte é poesia. O poema apresenta poesia e a prosa poética também. Além disso, podemos ver poesia nos pássaros, na natureza, na vida, nos nossos pensamentos, nas nuvens, na lua, no sol, na chuva, nos nossos sonhos. Poesia é um estado de alma, é a expressão do eu-lírico, poesia é apoio, é desabafo, é gratidão. Poesia é emoção, é liberdade de expressão, é liberdade de escrita, poesia é agenciamento, é devir, é magia, é transmutação. E viva a poesia!...
Observação: Texto originalmente publicado no blog Utopia Ativa, de Jorge Bichuetti
Nós, do coletivo de mulheres da ABRAÇO, iniciaremos a nossa Campanha em comemoração ao dia Internacional da Mulher, 08 de março de 2011, veiculando em todos os nossos canais de rádio Comunitárias, os "Spot’s" em anexo, para que neste nosso novo momento, possamos cada vez mais, resgatar a autoestima de todas as mulheres brasileiras e empoderando-as e capacitando-as para enfrentamento das suas dificuldades do dia a dia, principalmente a violência física, moral e social, combater a homofobia, o racismo, enfim, buscar erradicar as diferenças e criar um consciência coletiva do princípio da igualdade para tod@s
Poderemos levar esta mensagem nos mais longínquos rincões do Brasil, renovando a esperança em todas as Mulheres de um futuro melhor e mais próspero. Sugiro aos Companheiros, que busquem nas suas comunidades, lideranças femininas para entrevistar durante todo este mês, mulheres do povo para fazerem depoimentos da sua realidade amplificando assim a voz do povo, enfim, que neste mês de março, trabalhemos nossas programações com foco na MULHER.
Solicito também a tod@s que multipliquem estas mensagens em sites, blogs da suas próprias emissoras e das suas comunidades.
É de extrema importância reciclar o óleo de cozinha, pois a capacidade poluente da substância é muito alta: apenas um litro de óleo é capaz de poluir cerca de um milhão de litros de água, ou seja, o equivalente a quantidade média consumida por uma pessoa durante 14 anos.
A poluição causada óleo na água prejudica a oxigenação, matando plantas e peixes na região ou deixando-os doentes.
Se o óleo for despejado diretamente no esgoto, ele encarece o tratamento deste em cerca de 45%. Além de todos esses problemas, ele ainda causa mau cheiro e pode provocar entupimento, ajudando a causar refluxos e alagamentos.
Para evitar todos esses problemas é só adotar uma postura mais consciente, evitando usar óleo desnecessariamente e coletando o mesmo para a reciclagem. O ideal é colocá-lo em uma garrafa de plástico transparente, e entregar em algum posto de coleta na cidade.
Fonte de todo o conteúdo acima:
Postado em novembro 29, 2010 por Flávio Coutinho no blog
Nós sabemos o quanto isso e todas as outras maneiras de reciclar o desperdício gerado pelo sistema capitalista são importantes, o quanto a ecologia agradece, mas, por favor, me digam onde estão os postos de coleta de óleo de cozinha, onde estão as lixeiras específicas para cada tipo de lixo, quem recebe as pilhas, quem é receptor do lixo tecnológico em cada cidade? Aqui, em Porto Alegre, exatamente no meu edifício, há no mural um cartaz com as datas e os horários para o recolhimento do lixo inorgânico , porém não há nenhuma outra lixeira a não ser a do orgânico para receber o lixo seco. Para reciclar materiais, temos de preservá-los também, temos de ter todas as condições necessárias para o seu armazenamento.
O homem encontrou-se a caminhar ao cair da tarde e andava devagar. Seus passos e movimentos, que já eram lentos, mitigavam mais. Olhos fixos ao chão denotavam ausências. Os pássaros que retornavam para os ninhos, entre os galhos das árvores próximas, realizando uma festa de ardentes pios e cantos, como a dizerem da alegria do reencontro após um dia de conquistas, não lhe sensibilizavam os sentidos. Nada o sensibilizava. Por entre os galhos dos plátanos e de suas folhas de tonalidades verdes outonais, vezes amarelecidas e ocres, raios de sol que brotavam por detrás de nuvens já escuras e frias, marcavam presto, suaves pinceladas, qual toque final na tela do Grande Artista ao acabar sua maior obra, o dia. Breve cairia o manto escuro da noite, encobrindo as belezas que só a luz, a inspiração e a sabedoria sabem revelar. Este raro momento em nada o tocava. Um vento suave, quase frio, rociava seu rosto cansado. Preso em seu próprio mundo, nas grades obscuras da mente, labirintos se formaram e de lá não pode mais sair por um simples querer, desejo ou pequena vontade. Prosseguindo, não notara os arbustos maiores próximos das árvores densas do caminho. Estes, roçando suas pernas já lhe molhavam os sapatos e as calças com o mesmo orvalho da manhã, que renovado, teimava permanecer umedecendo tudo que se encontrava sob o abrigo das sombras de uma subcolateral no norte da rosa-dos-ventos, onde raros e esparsos raios de sol se atrevem aparecer para aquecer a vida. Seus pensamentos continuavam absortos e sua consciência nada era capaz de registrar. Se ao menos levantasse a cabeça, os olhos se desviariam do chão irregular buscando um novo horizonte. Nada registrava neste momento de total desapego dos sentidos. Nem mesmo o sino da capela, com todo sonar de seu pio bronze, preenchendo os vazios e silêncios, cortando distâncias, ferindo tímpanos e despertando sonolências, foi suficiente para ativar sua mente absorta. Naquele momento, parecendo não se ajustar a nenhuma tessitura de notas mentais para harmonizar um projeto de vida, não registrava qualquer sintonia que assentisse menor atividade mental. Fatigado, deixou-se cair sobre um tronco de árvore e ali permaneceu por segundos, que foram horas, anos, séculos, procurando preencher seus pulmões com ar renovado. Pela primeira vez tentou arpejar um sinal de voz, quase rouco, um gemido, que teimou em ficar preso à garganta seca e cansada. Suas palavras, apesar de ter permanecido sempre alheio às coisas do credo religioso, seriam: - “Meu Deus! - onde estou? “O que aconteceu comigo?”
Não tão longe, nesta pequena geografia da terra, alguém correra sem estancar o pranto. Pessoas se aglomeraram para olhar, lamentar e testemunhar o que a violência das ruas pode fazer a um pai de família que retornaria ao lar após um dia trabalho. Havia ali o corpo de um homem morto que tivera sua trajetória interrompida, neste plano existencial por um atropelamento de automóvel. Havia além, sentado ainda, em um tronco de árvore, um espírito vivo que reencontrará seu destino e um novo recomeço.
Mãe, tu sabes o quanto eu detesto despedidas, mas fiquei firme, a teu lado, até o fim da tua luta pela vida ou início, de repente, da tranqüilidade de tua alma. Mãe querida, guerreira, a mulher mais forte, mais teimosa e mais amorosa que eu conheci. Uma doadora universal de amor, obviamente se não pisassem em teus calos. Contigo aprendi a ser como eu sou, eu sou um grande pouco de ti, aprendi contigo principalmente a ser batalhadora, desbravadora, a não deixar que os outros passem por cima dos meus direitos. Aprendi a te amar pela tua simplicidade, pela tua honestidade, pela tua franqueza, mesmo sabendo que, às vezes, tu metias os pés pelas mãos comigo, me xingava, caçoava das minhas roupas, colocava defeitos nos meus namorados, aprendi a te amar, mesmo sabendo que tu cobravas muito de mim, querias que eu fosse uma dona-de-casa perfeita, como tu eras. Aprendi contigo a ser muito independente, enquanto mulher, mãe, profissional, mas, por incrível que pareça, nunca aprendi a me soltar de ti. Por mais distantes que tenhamos ficado, enquanto eu morei em outra cidade, tu estavas ali, diariamente me telefonando, indo ao meu encontro nos momentos mais difíceis e/ou importantes de minha vida. Espero ter feito a tua vida um pouco melhor, dando-te também dois lindos netos para tu amares, para a tua felicidade. As batalhas que vivenciamos juntas, as dificuldades imensas, foram todas recompensadas pelo amor que sentíamos uma pela outra, pela nossa união de forças. Tu foste sempre a minha melhor amiga e conselheira, embora eu só tenha tido a oportunidade descobrir isso após a maternidade, há 22 anos. Por isso e por um milhão de outras circunstâncias vividas a teu lado, foi muito difícil para mim e, ao mesmo tempo muito necessário, ter ficado contigo, acompanhando-te, agarrada à tua mão, alisando os teus cabelos, dizendo que eu te amo, que tu foste uma grande bênção em minha vida, ter ficado colada a ti até o teu último suspiro. Era uma contagem regressiva irreversível e praticamente insuportável para nós, eu sabia disso e lamentava cada segundo que passava, pois eu já tinha consciência do que seria o final. A cada instante que eu olhava para os muitos aparelhos que te monitoravam e via todos os números despencando mais e mais, mesmo assim, eu me mantive forte, sem chorar, falando do meu amor por ti, aquecendo a tua mão super gelada, olhando para os teus olhos que se distanciavam cada vez mais de mim e deste mundo sofrido para ti. Minha mãe amada, quero que saibas que tu continuas viva dentro de mim, nos meus pensamentos, nos meus atos, nas minhas palavras, nos meus filhos. Basta eu consultar a minha consciência para escutar os teus conselhos, os teus ensinamentos, as tuas dúvidas e as tuas rabugices. O teu senso de justiça prevalecia sempre, porque sabias amar incondicionalmente os teus filhos. Partiste levando contigo muitas mágoas em teu coração, infelizmente, embora elas não tenham sido proporcionadas por mim. Mesmo assim, foste em paz contigo mesma, com a certeza de que cumpriste todas as tuas tarefas, dando o melhor que podias aqui na Terra, mesmo que esse melhor não tenha sido o que os outros desejavam de ti. Levaste em tua face muita serenidade e paz de espírito. Constatar visivelmente isso foi um conforto grande para mim e, ao mesmo tempo, um sinal desesperador pela tristeza da separação, foi desolador pela dor saudade que sentirei de ti. Tu foste e sempre serás a minha referência de amor, de carinho, de partilha, tu serás eternamente a minha heroína. Te amo muito e desculpa se, na nossa caminhada, algumas vezes eu tenha te chateado. O sol, a lua, as estrelas cuidarão eternamente de ti, iluminando o teu caminho a partir de agora, e tu continuarás a me guiar com o teu próprio brilho. Tua filha, Tânia
Este blog tem como finalidade ser um espaço alternativo e interativo para a divulgação da arte em todos os seus níveis de expressão, características e especificidades, procurando, dessa forma, valorizar a nossa cultura e os nossos artistas. Muito obrigada pela sua contribuição.