o ar não é mais puro
mas eu respiro doçura
tua pele está distante da minha
mas posso tocá-la em pensamento
apalpando-a, eu cheiro o teu cheiro
curta madrugada, que nos faz melhores
instantes fugazes de paixão
momentos, delírios
sensações onipotentes
liberdades recíprocas
preciosas ametistas
na eurritmia dos nossos corpos
paisagens poeticamente construídas
que, nos devaneios futuros,
serão trituradas
pela lógica da vida cotidiana
que só aceita uma única sequência:
a do relógio
Tânia Marques 14 de fevereiro de 2010.
Fonte da imagem:
http://edupoisl.blogspot.com/

5 comentários:
Linda imagem lindas palavras!
Ainda bem que a gente se rebela e continua a sonhar.
beijo
Lindo poema, e de um subtexto que diz muito, que fala em alto e bom tom aos meus ouvidos.
É uma poetisa mesmo, e com potencial.
Mil beijos.
Olá Tânia!
O teu poema está realmente muito belo. Gostei muito de o ler. Continua a escrever porque está muito bom. Beijinhos
O tempo a triturar as vivências e as paisagens...
L.B.
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