segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

mal-estar do tempo

o ar não é mais puro
mas eu respiro doçura
tua pele está distante da minha
mas posso tocá-la em pensamento
apalpando-a, eu cheiro o teu cheiro

curta madrugada, que nos faz melhores
instantes fugazes de paixão
momentos, delírios
sensações onipotentes
liberdades recíprocas
preciosas ametistas
na eurritmia dos nossos corpos

paisagens poeticamente construídas
que, nos devaneios futuros,
serão trituradas
pela lógica da vida cotidiana
que só aceita uma única sequência:
a do relógio

Tânia Marques 14 de fevereiro de 2010.

Fonte da imagem:
http://edupoisl.blogspot.com/

5 comentários:

REBELDE disse...

Linda imagem lindas palavras!

angela disse...

Ainda bem que a gente se rebela e continua a sonhar.
beijo

Professor Tiago Menta disse...

Lindo poema, e de um subtexto que diz muito, que fala em alto e bom tom aos meus ouvidos.
É uma poetisa mesmo, e com potencial.
Mil beijos.

Conceição disse...

Olá Tânia!

O teu poema está realmente muito belo. Gostei muito de o ler. Continua a escrever porque está muito bom. Beijinhos

Lídia Borges disse...

O tempo a triturar as vivências e as paisagens...

L.B.

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