quarta-feira, 19 de maio de 2010

Decifrar-se

Traduzir-se, como incita o poema citado no post anterior, ou decifrar-se são palavras difíceis para o ser humano espelhar-se, uma vez que todos nós somos, de certa forma e em certa medida, uma incógnita. Às vezes, somos "x", outras "y", não importa, somos paradoxais, contraditórios, imprevisíveis ou não. Essa dualidade do "ser humano" vem seguindo duas lógicas de raciocínio através dos tempos: antropocentrismo x teocentrismo. Esses dois eixos atravessam a história da literatura, a história da humanidade e as nossas vidas (ainda). Temos uma parte racional e outra emocional. Acreditamos ou não em Deus, representamos o "bem" ou o "mal". Mas há coisas que estão, citando Nietzsche, "muito além do bem e do mal", muito distantes desse maniqueísmo fajuto forjado pelo homo nada sapiens. E é para elas que devemos nos deslocar a fim de sermos e fazermos os outros felizes. Basicamente, devemos pensar e agir, tendo como base as  seguintes palavras: união, todo, solidariedade, companheirismo, cooperativismo, igualdade, humanidade, fraternidade e liberdade. Dessa maneira, provavelmente, consigamos nos traduzirmos e nos decifrarmos em estado de graça, individualmente juntos. As partes não deveriam existir sem formarem um todo, e o todo só existirá se as partes se unirem com essa finalidade. Portanto, não percamos tempo, o planeta está catastroficamente ressentido com o homem, respondendo a este violentamente as agressões sofridas, pode ser que ele não dê essa chance a tempo de sermos felizes na irmandade.
Beijos a todos.
Tânia Marques  19 de maio de 2010

Fonte da imagem: http://ivoguilhon.blogspot.com/

3 comentários:

Richard Mathenhauer disse...

Oi, Tânia.
Muito apropriadas as suas palavras. Pena que exista lá algo inexplicável que nos impeça de alcançarmos a união necessária, mesmo reconhecendo que sem ela não vamos a um destino dos melhores! Talvez porque, citando o citado Nietzsche, os homens não sejam iguais, e talvez aí esteja a chave do enigma: se conseguíssemos ser UM preservando os MULTIPLOS que somos, talvez fôssemos felizes num mundo feliz.

Abraços do Camarada de Palavras,

João Simões disse...

ja viste o selo k tenho para ti no meu blog?

Alan Tykhé disse...

De fato este homo nada sapiens não tem sabido co-existir em harmonia com o 'outro', nem consigo mesmo e nem com o meio. A covardia e a ditadura da maioria reinam. Onde falta a coragem se torna impossível brotar o germe de qualquer outra virtude. Só fizeram história aqueles que se imporam diante de todo o conformismo - aqueles que não se imporam a história os fizeram!

Continua ótimo seu blog!
Beijos

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